ARQUITETURA NA FAVELA - ARQUITETURA DA FAVELA

Neste Blog é apresentado o Diário de Campo da pesquisa de doutorado denominada - Chão desenvolvida no período de 2008 a 2012 no curso de Pós Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Esta pesquisa teve como principal ação a produção colaborativa do conhecimento entre universidade (FAUUSP) e população (Comunidades do distrito de Brasilândia). Para isso foram criadas celulas de pesquisa em locais estratégicos para o desenvolvimento destes estudos na região. Os resultados desta pesquisa estão disponíveis em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-30082012-092124/pt-br.php , bem como no site http://espiral.net.br/brasilandia/index.html .

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ESTUDO DE CAMPO - ATERRO INDUSTRIAL ITABERABA 28 de Agosto 2010

Neste dia percorremos as áreas lindeiras ao aterro junto à Av. Deputado Cantídio Sampaio. O objetivo era conversar com os moradores desta região, já que os mesmos fizeram manifestações contra o grande número de caminhões de resíduos inertes que chegam diariamente no aterro, cerca de 350 caminhões. Esta área foi indicada para pesquisa no início do ano por uma moradora que participou das reuniões para a criação do núcleo de pesquisa. Segundo a moradora a área é um foco de pressão ambiental, que teve como primeiro uso de grande impacto uma pedreira, antiga "Pedreira Clara Nunes", e atualmente é um aterro industrial que recebe resíduos inertes, principalmente resíduos da construção civil. O problema segundo os moradores, é o grande volume deste aterro, porque antes onde era uma cava de pedreira agora é um imenso morro de entulho junto à casas autoconstruídas. Muitos moradores tem medo, "treme minha casa, várias pessoas denunciaram, eu não quero perder a minha vida e a dos meus filhos"Daniela 28 anos. O aterro também sustenta um outro processo de injustiça ambiental no qual moradores de várias regiões do distrito usam este espaço como garimpo. Um jovem "garimpeiro" morreu  soterrado e muitos moradores tiveram problemas de saúde. Isto porque de acordo com denúncias de moradores chega outros tipos de resíduos não só o da construção civil. Além disso, a população denuncia que os guardas cobram dos moradores para eles entrarem e fazerem o garimpo.

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