Neste sábado, fomos convidados pela moradora Fátima para conhecermos a comunidade Ordem e Progresso (localizada parte em área pública do CEU PAZ e parte em área particular). A moradora reuniu um grupo de moradores que estão sendo pressionados pelo prefeitura para saírem do local. Segundo a moradora Luciola Antunes, na área particular o próprio dono do terreno estimulou a ocupação dizendo "corte logo o mato e se instalem", e hoje o mesmo proprietário pede a reintegração da posse do terreno já desmatado. Outras denúncias foram feitas nesta reunião, desde a postura da prefeitura em levar o material de construção da população e não dizer para onde sacos de cimento são levados bem como a indenização que somente alguns moradores receberão para sair da comunidade. Segundo moradores o cheque despejo é de R$1500,00 para quem é solteiro - R$3000,00 para casal - R$ 5000,00 para casal com filhos. Esta indenização mínima faz com que os moradores que decidam sair desta comunidade, iniciem uma outras ocupações em regiões ainda mais frágeis ambientalmente. Muitos moradores disseram que estão nesta comunidade atualmente por já terem sido removidos de outras comunidades recebendo este mesmo valor. Um morador disse que tinha uma casa de alvenaria com dois comodos na Comunidade Peri e que foi removido recendo R$5000,00. O que pode comprar foi um lote nesta comunidade no valor de R$500,00 e construiu um barraco de madeira, que no início do ano foi queimado.
Os estudos sobre a postura do poder publico nestas regiões, sua contribuição para a expansão urbana precária na Serra da Cantareira é um temas de estudo do Núcleo de Documentação e Informação da Paisagem Local.
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