Conseguimos após dois meses visitar a área interna do aterro. Fomos acompanhados pelo Engenheiro Operacional Cleiber que coordena as atividades do aterro. Estavam presentes pesquisadores do Núcleo de Documentação e Informação da Paisagem Local, pesquisadores colaboradores da USP e a professora da Universidade do Grande ABC Profa. Dra. Mariana de Melo Rocha especialista em aterros. Segundo o Eng. Cleiber os problemas relacionados ao grande número de caminhões na Av. Dep. Cantídio Sampaio bem como o excesso de barro levado pelos caminhões à avenida e a poeira, foram minimizados por ações da empresa nos últimos meses, como lavar as rodas dos caminhões antes de sair do aterro e lavar áreas da avenida próximas ao aterro. Questionado sobre o grande volume atual do aterro, se isentou de maiores responsabiliades, disse que o impacto principal foi feito pela antiga pedreira, e que as casas é que estão irregularmente implantadas, não o aterro. Disse também que contribuem com instituições religiosas na região e em troca pedem para que estas instituições "informem sobre a grande contribuição" que o aterro oferece à região ao gerar empregos. Sobre o garimpo, disse que acontecia em anos anteriores, atualmente não cobram nada dos moradores mas permitem sua entrada após às 18:00hs para fazerem o garimpo. Informação duvidosa já que entrevistamos neste mesmo dia um morador que tem como muitos outros moradores acesso direto ao aterro da sua própria casa, e que estava trabalhando durante o dia no aterro. O engenheiro ainda informou que em novembro deveria sair o resultado do processo de prorrogação de funcionamento do aterro, que já deveria ter suas atividades encerradas em 2008, mas à pedido da prefeitura teve dois anos de prorrogação de funcionamento e agora terá mais 5 anos. De acordo com o engenheiro 90% do resíduo que chega ao aterro vem da prefeitura.
ARQUITETURA NA FAVELA - ARQUITETURA DA FAVELA
Neste Blog é apresentado o Diário de Campo da pesquisa de doutorado denominada - Chão desenvolvida no período de 2008 a 2012 no curso de Pós Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Esta pesquisa teve como principal ação a produção colaborativa do conhecimento entre universidade (FAUUSP) e população (Comunidades do distrito de Brasilândia). Para isso foram criadas celulas de pesquisa em locais estratégicos para o desenvolvimento destes estudos na região. Os resultados desta pesquisa estão disponíveis em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-30082012-092124/pt-br.php , bem como no site http://espiral.net.br/brasilandia/index.html .
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